segunda-feira, 8 de junho de 2015

Algarbium Pro Excellentia,V.Exas. Hermanos Portugueses.

   Como o verão está há porta, penso que seja importante alertar, vossa excelências, para terem em atenção a alguns pormenores, ou vários. Mas primeiro quero que saibam que o verão para muitos de nós, Algarvios, já começou há meses, para uns em Março, para outros em Abril. E para quem não sabe, o verão para nós na verdade, costuma ir até Outubro ou meados de Novembro (no entanto é só para quem pode). O verão no Algarve, ano após ano tem se mostrado melhor numas coisas, pior noutras, mas nós Algarvios continuamos por cá. E por nós continuarmos por cá, e o Algarve ainda não se ter tornado num deserto do Sahara, é que este pequeníssimo texto vem à baila. 
  V.Exas., espero que este ano venham para o nosso Algarve para descansar e não para buzinar (o Algarve não é lisboa, só porque nos meses de Julho e Agosto os alfacinhas entopem o Algarve, não vos dá o direito de andar a buzinar por tudo e por nada). No entanto, venham de férias caríssimos, mas venham com dinheiro, é bastante triste o que nós, Algarvios, temos assistido ao longo destes anos. Pessoas que vem de férias para o Algarve, vão passear à Marina de Vilamoura, vão à praia de São Rafael, vão passear a Vale do Lobo mas quando toca a gastar é: “Um café meia chávena aquecida com um copo de água da torneira” a dividir por uma família inteira (sem um “se faz favor”, ou, “muito obrigado”).  
   Férias para nós, Algarvios, é à seria, não é a brincar. Se temos dinheiro vamos de férias, se não ficamos em casa, caríssimos (façam o mesmo). Uma grande parte de V.Exas. fica acomodada em apartamentos ilegais, com dois quartos e uma sala de estar, a dividir no mínimo por três casais e suas crias, durante 15 dias. Muitos de vós, trazem logo a comida para as férias, mas acreditem que não existe essa necessidade. Sabemos que tudo é mais caro cá, mas se nós Algarvios podemos pagar as nossas refeições durante 365 dias, V.Exas. podem muito mais durante 15 dias (estão de férias, não é?), e acreditem que tudo o que temos para vos oferecer é do melhor que há, seja peixe fresco, laranja, figo ou dom rodrigo. 
   Na praia tenham respeito pelo próximo, cortem as unhas dos pés, comprem guarda-sóis bonitos, não deitem lixo para o chão, deixem as pranchas de surf em casa e respeitem os Nadadores-Salvadores. Há noite…continuem a ir as vossas discotecas, como por exemplo os blisses e essas coisas, mas, não se esqueçam de passar antes pelo super-mercado e comprar bebidas alcoólicas, se não o dinheiro não vai chegar para o resto das férias. 
   Durante as férias se houver algum dia menos bom de praia, continuem a ir ao Algarve Shopping, ou ao Fórum Algarve, não vale a pena ir a mais lado nenhum, acreditem, o resto do Algarve não tem qualquer interesse a V.Exas.. O resto é para o Inglês ver. 
   Procurem ser como o inglês, apenas na forma educada e respeitadora como o inglês nos trata, e nós iremos retribuir, de forma educada e respeitadora, com o nosso atendimento e serviço, dando o nosso melhor em receber todos os estrangeiros, V.Exas. não são excepção. E V.Exas. não se devem esquecer de dar gorjeta, tal e qual como o Inglês faz. 
   Quero-vos alertar também para o facto de muitos portugueses e portuguesas virem para o nosso Algarve trabalhar durante esta época do ano (tirando emprego a muitos Algarvios), que em grande parte são eles que vos atendem em muitos dos hotéis, restaurantes e bares (se quiserem reclamar, reclamem com eles). Eles próprios ficam com receio de vos receber (não vos querendo atender), dizendo que: “Julho e Agosto, são os meses dos portugueses, é preciso ter calma que eles gostam de ser tratados como reis, vamos lá respirar fundo”. Pois nem os vossos familiares gostam de receber V.Exas.. Significa que não é um mal dos Algarvios. V.Exas. terão que pensar, e repensar, na forma como querem passar as férias, na forma como nos tratam a nós (Algarvios), e os vossos familiares. Isto é, se quiserem que o Algarve continue a colaborar para a maior indústria que existe neste portugal pequenino, que é de facto, o turismo.    
  Nós no entanto, continuaremos por cá para vós receber, ano após ano. Espero que não nos tragam tantas dores de cabeça como tem sido nos últimos anos. 
   Feliz sol, e boa praia. 


Ps: Para todos os Algarvios que emigraram, continuação de grande sucesso. Se um dia voltarem, espero que tragam inovação e conhecimento, para a evolução desta terra que não há igual, o nosso e rico Algarve.  

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Reino Unido de Portugal e Algarve



Sou monárquico, e assumo isso desde já, para mostrar que existe uma alternativa, talvez para mudar certas opiniões, ou não. Os senhores que forem a favor desta doutrina, desta república "democrata" à portuguesa espero que leiam até ao fim e se comecem a preocupar.
— Muito se fala em não votar nos dias de hoje, coisa que eu já digo há muito tempo. Não voto, não só por esta não ser a doutrina, com a qual me identifico, e não só, por não gostar de ver o Algarve incluido neste país. Não voto principalmente por que a democracia em Portugal é coisa que não se vê. Ela na verdade nunca existiu em Portugal, digam o que disserem, ela apenas existe no papel e não passa de um esboço. Até salazar se comprometeu com a democracia mas levou mais a sério o compromisso autoritário. Desde 1974 que a democracia se vinha a afirmar mas rapidamente perdeu o sentido e desapareceu, por causa das governacões pouco inteligêntes e ao mesmo tempo corruptas. A corrupção é coisa banal em Portugal, faz parte, Portugal esta mergulhado numa corrupção política profunda, e muito provavelmente desde 74.
A república foi imposta ao povo de uma forma brusca e violenta, sem que ninguém tenha votado para tal. A república prometeu muito ao povo e sempre deixou o país e o povo na vergonha e na miséria. Não se deixou que os verdadeiros valores portugueses, de uma nação com grandes feitos históricos amadurecesse para uma democracia mais seria e respeitada a nível nacional e internacional. Assassinou-se o Rei e o futuro Rei de Portugal, e expulsou-se o último Rei D. Manuel II. Imaginem o que seria assassinar um príncipe ou mesmo um Rei nos dias de hoje num país como Inglaterra, ou Espanha. O que aconteceu na altura não foi só um golpe de estado, ou um assassinato de um chefe de estado mas sim a morte de Portugal na minha opinião. Portugal perdeu o seu verdadeiro representante desde a sua fundação. Perdeu o seu verdadeiro vereador do povo. Os politicos perderam a vergonha e fazem o que querem, o povo impotente não sabe o que fazer. Claro que Portugal é o seu povo, a língua, território e a sua cultura. A sua cultura e a sua história de mais de 800 anos provem de vários reinados, que fazem com que Portugal apenas seja grande no passado, hoje e desde há mais de 100 anos que Portugal é um país mais do que pequenino, é um país indiferente aos olhos do resto do mundo, é um país com pouca ambição e com pouca capacidade de vencer. Mas tudo isso é normal, um presidente da república nunca tem o impacto político que tem um Rei, tal como uma república também não tem o valor que tem uma monarquia. Um presidente ganha as eleições e olha para o seu cargo com um prémio, um tacho, enquanto um Rei nasce para ser Rei, tem uma educação desde pequeno para vir a executar essa função um dia, não existindo ninguém melhor preparado para desempenhar o papel de chefe de estado. Não há ninguém melhor para representar Portugal. Um Rei tem um grande impacto a nível internacional, fazendo da sua nação uma grande nação. Por mais que nós pudéssemos achar que a monarquia é uma visão arcaica, a verdade é que a república também não é coisa moderna, e tem os seu grandes males, e os seus males estão há vista de todos. Portugal é hoje um país sem dono. Um povo quando vota para seu presidente, vota em alguém que acha que está melhor preparado, vota até em alguém que tem uma cor política, vota em alguém  que os media querem que ganhe as eleições, e tudo isso é extremamente negativo para o povo mas, é apenas a máquina deste regime a funcionar e a influenciar. Um chefe de estado nunca deveria de ter cor política, deveria ter apenas um partido, e esse partido ter apenas o nome de Portugal, mas isso só acontece com um Rei.



Não votem neste regime,
Repúblicas só nas universidades,
Não votem nestes partidos que deveriam ser todos remodelados,
Nestes "governates" e "deputados" que deveriam de ser considerados traidores do povo,
Traidores de Portugal,
Manifestem-se para que o Rei volte,
Manifestem-se que Portugal volte.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Não sou português. Sou Algarvio.

Toda a vida me disseram que tinha que ter orgulho em ser português, na escola, em casa, em todo o lado. Nas aulas de história e de português principalmente, lá falavam os professores sobre os Reis e as suas conquistas, sobre Camões e seus poemas. Eu influenciado por tudo aquilo fui deixando-me levar, no entanto alguma coisa fazia com que eu devesse de desconfiar, lá estava o meu sentido crítico a funcionar. Depois de anos a investigar um pouco sobre história e a estudar artes e cultura, cheguei a conclusão que a história de Portugal é uma história com muitas interrogações, com muitas contradições, fazendo com que a história de Portugal seja falsa, em vários capítulos. No entanto as pessoas têm em si um grande sentido de autenticidade em ser português, que por mais falsa que a história por vezes possa ser, ninguém ousa saber se realmente é verdadeira ou não, as pessoas acreditam nela e pronto. É quase como, se alguém duvidasse da história ou investigasse sobre ela, pudesse ser olhado como um falso português. A realidade é que se nós acreditarmos em tudo o que nos dizem e não desconfiarmos e, por sua vez não investigarmos, vivemos numa alegoria constante. Por outro lado, a maioria das pessoas não sabe em que ano Portugal foi fundado, muitos nem sabem quem foi o primeiro Rei de Portugal e muito menos sabem quem foi o último, no entanto têm um grande orgulho em ser português. É para mim uma grande contradição eu dizer que tenho orgulho numa coisa que pouco conheço, pouco sei. Talvez não exista tanto orgulho assim.

Eu não sou português, sou Algarvio, é bom que isso fique aqui bem explicito por mais que o meu bilhete de identidade diga outra coisa. A questão da identidade é algo extremamente importante para toda a gente, mas não se define com um número num papel. Define-se pelo local de nascimento, numa maioria; define-se sabendo a nossa própria história; os nossos hábitos, costumes e tradições donde nós vivemos.
Nasci no Algarve, vivo no Algarve, sou Algarvio. Se existe uma cultura portuguesa ela foi muitas vezes na história influenciada por uma cultura proveniente do Algarve, por uma cultura árabe (e não só).

O Al-Gharb dos muçulmanos não era só o Algarve com as fronteiras de hoje. O Al-Gharb de Al-Andalus ia desde Coimbra (Kulūmriyya) até às fronteiras do Algarve dos dias de hoje. Já naquela altura o Algarve era um reino, aliás Silves (Xelb) era a capital desse reino e o Algarve islâmico da época atingiu um elevado esplendor cultural e económico que já vinha a crescer desde a época romana. A grande conquista cristã que a história de Portugal nos conta quebra com a realidade do que era o Algarve da altura, e com o que realmente aconteceu. Durante mais de cinco séculos (c. 711-1249), sobre o domínio dos povos islâmicos, árabes e berberes, também o cristianismo existia entre a população do Algarve. Durante séculos viveram moçárabes e cristãos sob governos muçulmanos. D. Afonso I (primeiro rei de Portugal), nunca chegou a pisar as terras do Algarve de hoje, foi seu filho, D. Sancho I que em 1189 conquistou Silves e proclamou-se como Rei de Silves e do Algarve, no entanto perde Silves para os árabes em 1191, perdendo também o título. Conseguimos perceber que existia interesse por parte dos reis na conquista (reconquista), pela simples razão de aumentar o seu reino, mas a ordem da conquista era dada pelos Papas, e os portugueses matavam em nome de Deus. Foi preciso cinco Reis portugueses e a ajuda dos Cruzados para, por mais de um século de guerras conquistarem o Al-Gharb aos muçulmanos, desde 1139 até 1249 (Cento e dez (110) anos). Mesmo, desde 1189 da conquista da grande Cidade de Silves por D. Sancho I, até 1249 da conquista de D. Afonso III, foram precisos setenta e oito (78) anos para conquistar as fronteiras do Algarve de hoje. Passaram as passas do Algarve.

Depois de o Rei de Leão e Castela conquistar Sevilha em Novembro 1248, fez com que D. Afonso III tomasse a decisão de lançar a última ofensiva a sul. Ambos os Reis, de Espanha e Portugal cobiçavam estas terras ricas do Al-Gharb. Na primavera de 1249 chegam as tropas portuguesas à cidade costeira de Santa Maria de Faro. Não houve ataques, nem invasões sangrentas. D. Afonso III fez apenas um acordo com os mouros estabelecendo o seguinte: deu-lhes as mesmas leis em todos os assuntos, podiam ficar com as suas casas e seus patrimónios e o Rei prometeu, defende-los e ajuda-los contra outros povos invasores. Os que quisessem ir embora poderiam ir livremente e levar seus bens. Os cavaleiros mouros que permanecessem tornar-se-iam seus vassalos, e respondiam quando fossem chamados, e o Rei devia trata-los com honra e misericórdia. Foi desta forma que D. Afonso de Portugal e do Algarve “atacou” Faro. No final de 1250, os últimos bastiões muçulmanos, em Porches, Loulé e Aljezur rendem-se e aceitam a aliança portuguesa (não é por nada que ainda hoje existe nos brasões das cidades algarvias um rei cristão (D. Afonso III) e um muçulmano). Os autores e historiadores contemporâneos portugueses desvalorizaram sempre os registos da verdadeira reconquista, fazendo com que a história ficasse marcada por uma brava e vitoriosa conquista portuguesa, por mouros que fugiram, e banhos de sangue (uma história pouco verdadeira). Os Reis espanhóis consideravam que o Reino do Algarve lhes pertencia por o Rei do Al-Gharb, Musa ibn Mohammad ibn Nassir ibn Mahfuz, Amir de Nieba, ter feito vassalagem ao Rei D. Afonso X de Castela. D. Afonso III casou-se com a filha do Rei de Espanha Dona Beatriz de Castela em 1253 com a intenção de criar um laço de aliança (mesmo casado com Dona Matilde de Bolonha). Só em 1267, com o Tratado de Badajoz D. Afonso X de Leão e Castela concede ao Rei de Portugal o Reino do Algarve, fazendo de seu neto D. Dinis o herdeiro do Trono do Algarve.

Muito se fala dos Descobrimentos portugueses, o que não se fala é o quanto o Algarve contribui-o para isso acontecer. O que é que os portugueses sabiam sobre navegação? Na verdade não sabiam praticamente nada, (tinham umas galés, que eram barcos de origem greco-romana, movidos a remos). A caravela portuguesa que deixa o povo muito orgulhoso é uma imitação dos barcos árabes que existiam no Algarve (barcos esses que têm o nome de caravela latina). A caravela redonda (caravela portuguesa) foi um aperfeiçoamento da caravela latina. Os instrumentos náuticos também foram influências e invenções dos árabes, como por exemplo o tão conhecido Astrolábio.

D. Dinis em 1293 criou uma bolsa dos mercados com interesse pelas exportações. Vinho e frutos secos do Reino do Algarve eram vendidos a certos países como Inglaterra, e foi assim que começou a desenvolver-se a ideia para os descobrimentos.
Em 1415 os infantes de Portugal invadem a cidade de Ceuta com a mesma visão da “reconquista”, mas com mais motivos. As conquistas no norte de África fez com que o Reino do Algarve, passasse a ser chamado, a partir de 1471 como Reino dos Algarves, e o primeiro rei a o usar o título foi o Rei D. Afonso V de Portugal e dos Algarves, d’Aquém e d’Além-Mar em África. Não é que existisse dois Algarves, mas apenas um, com dois territórios (o de cá, e o de lá do mar). O que existia na verdade era apenas uma expansão do Reino do Algarve para além do mar, já que o Reino de Portugal acabava no Alentejo.
Começa então em 1415 com a conquista de Ceuta a Era dos “descobrimentos portugueses”. A ilha do Porto Santo é descoberta em 1418, e a ilha da Madeira em 1419 por João Gonçalves Zarco. Na descoberta do arquipélago dos Açores, dá-se bastante relevo a Gonçalo Velho Cabral com os ilhéus das Formigas em 1431. Não tanto relevo tem Diogo de Silves pela descoberta dos Açores em 1427 (4 anos antes de Gonçalo Velho), talvez por ser algarvio. Na verdade antes destas descobertas já os algarvios iam até à ilha da Madeira à pesca, e os mouros também já teriam conhecimento destes dois arquipélagos.

Recuando um pouco atrás, em 1319, o Papa João XXII a pedido de D. Dinis, cria uma ordem religiosa e militar, a chamada Ordem de Cristo. D. Dinis o Rei legítimo do Reino do Algarve concede o Castelo de Castro Marim para sede da Ordem. Passados cem anos, em 1419 D. João I faz do seu filho Infante D. Henrique Governador do Reino do Algarve, e em 1420 torna-se Grão-mestre da Ordem de Cristo.
O Infante percorreu todo o Algarve à procura de gente com experiência marítima, dormiu em muitos lugares diferentes no Algarve. Ainda hoje em Portugal diz-se que a Escola Infante Sagres, que terá sido fundada em 1417, e que terá formado Vasco da Gama e Cristóvão Colombo, não passa de um mito. O que as pessoas não sabem é que o nome Escola vem do grego “Scholé”, e significa lugar do ócio, que naquela altura era o tempo para uma Conversação, e o tempo para o desenvolvimento da reflexão, e não propriamente um lugar específico para ensinar.

Platão, tal como Aristóteles nunca deram as suas aulas em nenhum edifício na Grécia mas sim em jardins chamados: “Academus”, e “Lyceum” (dando origem às palavras de hoje “Academia”, e “Liceu”). Não existe vestígios físicos das suas escolas, no entanto ninguém dúvida que as suas escolas tenham existido. O acontece com o Infante é um pouco de nada diferente. O Infante veio ao Reino do Algarve para aprender sobre navegação marítima, tornando-se na verdade um político da navegação dos “Descobrimentos” através da Ordem de Cristo e como Governador deste reino. Apesar de ter ficado com a alcunha de “O Navegador”, o Infante apenas fez algumas viagens a Ceuta como um comandante político, e não como navegador. Podemos considerar com isso, todo o Algarve como a Escola Náutica do Infante, apesar de ele ter dito que Sagres foi o local físico de sua Escola de Navegação (o local da conversação).
O Reino do Algarve na história de Portugal é quase inexistente, a maioria dos Algarvios e portugueses nunca ouviram falar deste Reino. Há autores que dizem que o Reino do Algarve em nada se diferenciava do resto de Portugal mas não é assim tão verdade. É certo que as leis de Portugal serviam para o Algarve mas não deixava, e não deixa de ter, outros hábitos e outros costumes, outras tradições, fazendo desta terra um grande espólio multicultural que não há igual, em nenhuma outra terra em Portugal. O Reino do Algarve não era um reino autónomo é verdade, era semi-autónomo separado pela Serra Algarvia, separado por vontade dos próprios reis portugueses, nomeando sempre um governador para este Reino régio, separado também por uma aliança com os cidadãos Algarvios e Reis de Castela. Dizem certos autores que nenhum Rei português foi coroado ou saudado como sendo apenas Rei do Algarve, é verdade, no entanto os próprios reis portugueses quiseram que continuasse a ser um outro Reino à parte, e estes autores esquecem-se ainda que quem fundou o Reino do Algarve não foram os Reis portugueses. A única vez que o Reino do Algarve foi abolido foi em 1773 por D. José I (influências do Marquês de Pombal), mas a sua filha, a Rainha Dona Maria I volta a o restaurar (porque será?). Existe também a referência por parte de certos autores que os Reis portugueses até 1910 usaram sempre o título de Reis de Portugal e dos Algarves d’Aquém e d’Além-Mar em África, mesmo depois de terem perdido os territórios no norte de África em 1769, dando a ideia de algo absurdo por parte dos reis, continuarem a usar tal título. Parece que certos autores não conseguem compreender que mesmo depois de 1769 (perda da Cidade de Mazagão), os reis portugueses continuavam a ter vários territórios em África, os títulos dos reis não diziam: Algarves do norte de África. Outro mal-entendido é em relação ao escudo de Portugal, que uma maioria dos autores não considera os 7 castelos, como fortificações Algarvias conquistadas pelos Reis portugueses aos mouros. Eles consideram que os castelos do escudo sejam fortificações que o primeiro Rei de Portugal conquistou aos mouros. Aconselho então a irem ver um mapa de Charles Bonnet (Mappa geográfico da província do Alemtejo e do Reino do Algarve (Portugal), na Biblioteca nacional digital). Nesse mapa vão ver que existe dois Brasões, o do Alentejo, e outro do Reino do Algarve. O brasão do Reino do Algarve são os 7 castelos do escudo de Portugal (apesar de existir outro brasão do Algarve).  

Os Reis de Leão e Castela (Espanha) também usaram títulos como Rei dos Algarves, aliás, ainda hoje isso acontece. O Rei Juan Carlos I é o Rei dos Algarves pela constituição monárquica espanhola de 1978. Para quem não sabe Espanha já teve república, e como não correu nada bem voltaram a restaurar a monarquia. Isto aplica-se ao que Alexandre Herculano um dia disse: " Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-los".(mas isso é uma outra história).

O Reino do Algarve englobava todos os territórios africanos dos reis. Também podemos olhar para a ilha da Madeira como parte desse reino, ainda mais por D. Duarte ter doado a seu irmão o Infante D. Henrique (Governador do Reino do Algarve), o arquipélago da Madeira. Sendo extremamente irónico a ilha Madeira hoje ser uma região autónoma (ou semi-autónoma) e o Algarve não.
O que sempre existiu em Portugal foi um Reino Unido de Portugal e Algarve tal como acontece ainda hoje na Grã-Bretanha, com Inglaterra, País de Gales, Escócia e Norte da Irlanda, unidos. Mais tarde em 1815 também o Reino do Brasil fazia parte desse reino unido (no entanto é proclamada a independência do Brasil em 1822).

Em 1910 com o golpe de estado por parte dos republicanos, dá-se a proclamação da 1ª República portuguesa, em que se aboliu o Reino de Portugal. Os republicanos portugueses no entanto esqueceram-se de abolir o Reino do Algarve. Os republicanos deixaram a nós, povo Algarvio um vazio jurídico (uma lacuna), que faz com que ainda hoje o Reino do Algarve exista.
Portugal já vai na 3ª república, e é bom não esquecer que vai na 2ª república democrática. Para quem não sabe a constituição da 2ª república do estado novo 1933, estabelece um compromisso democrático que deu na conhecida ditadura salazarista. Aliás desde que o estado português é uma república que a ditadura esteve, quase sempre presente, que não se pense que a ditadura só existiu na monarquia absolutista.

O Algarve é hoje a única colônia que nunca se conseguiu ver livre de Portugal. Se o objectivo era quebrar com a pouca autonomia que o Algarve tinha e fazer com que o povo Algarvio ficasse cada vez mais ingénuo e ignorante, para se poder usufruir do Algarve e dos Algarvios como servidores e dependentes de Portugal, a república portuguesa conseguiu, mas nada dura para sempre. É irónico como uma terra que vinha desde a época romana a crescer, que tinha até uma das cidades romanas mais importantes da península ibérica (Balsa séc. I a.C.), perde o seu poder e a sua autoestima, como se dos outros dependesse. Os autores e historiadores têm também culpa nisto, omitir o Reino do Algarve cada vez que se fala sobre a “reconquista portuguesa” ou sobre os “descobrimentos” é das duas, uma: desconhecimento da história, ou por e simplesmente querer ocultar este Reino (esconder a verdade). Isto faz com que a história de Portugal seja mais ficcional do que verdadeira. Tal como o uso das palavras como “Conquista” ou “Invasão”, são usadas para identificar diferentes autores: os muçulmanos “invadiram” a península ibérica; os portugueses “conquistaram” Ceuta, a Índia e o Brasil (os portugueses não invadiram, conquistaram!).

O Algarve já há séculos que anda com Portugal às costas, e o reconhecimento que tem, é ver desvalorizada a sua herança cultural (a sua história). O reconhecimento que tem é a negação ao seu estatuto autónomo por direito. Mas o Algarve na verdade não precisa de Portugal para nada, o PIB do Algarve é bastante elevado, é ridículo o Algarve ser a 3ª zona mais rica de Portugal, atrás da Madeira. Mas, Portugal sabe que, se desse autonomia ao Algarve, o Algarve muito rapidamente se tornava a zona mais rica do País, e isso não é nada bom para a região de Lisboa. A Madeira também só é a segunda zona mais rica por ser uma região autónoma mas se repararmos, o Algarve, geograficamente é quase 6 vezes maior que a Ilha da Madeira, temos mais de 450 mil habitantes, a Madeira nem chega a 300 mil habitantes. O Algarve é a zona turística mais importante de Portugal e uma das mais importantes da Europa e no entanto pouco ou nada recebe de fundos comunitários como se o Algarve já estivesse  bastante desenvolvido. Se o Algarve é hoje uma zona desenvolvida foi certamente também por fundos comunitários, mas os investidores é que fizeram com que o Algarve seja hoje, uma zona bastante competitiva no turismo internacional, e os únicos protagonistas são os privados, e o povo Algarvio. A verdade é que o poder político central, e mesmo os políticos do Algarve parecem ter um grande desconhecimento sobre esta terra dourada. Os políticos do Algarve principalmente, deviam de defender mais os interessem desta terra e deste povo, e não o fazem como deve de ser, parece que foram engolidos por partidos que olham para esta terra como se fosse uma concessão de praia. Precisamos de políticos capazes, de políticos Algarvios para defender com garra esta herança cultural (este patrimônio milenar).  


   A arquitectura moderna, sem qualidade numa maioria, descaracteriza com aquilo que é a nossa arquitectura algarvia (uma arquitectura genuína). Fazem-se obras desnecessárias e esquecem-se das casas em ruínas (a cair), esquecem-se dos castelos e fortalezas que, no grave estado em que estão, dão a ideia de que a história e cultura algarvia ficou perdida no tempo.
Existem exemplos por toda a Europa de países extremamente pequenos que tiveram um grande sucesso, tal como o Luxemburgo que só é independente desde 1867, e que é duas vezes mais pequeno que o Algarve.
O Principado de Andorra que é também bastante pequeno mas não deixa de ser um País independente. A sua língua oficial é o catalão, e o País funciona com uma monárquica constitucional, sendo também um bom exemplo (Principado é um Estado cujo o soberano é um príncipe ou uma princesa).

   Acredito que mais tarde ou mais cedo a independência do Algarve aconteça, tal como existe essa vontade na Catalunha em relação a Espanha, tal com existe essa vontade na Escócia em relação a Inglaterra. Só depende dos Algarvios, só depende de quanto tempo mais, nós (povo Algarvio), quisermos andar com Portugal às costas, e continuarmos a dar todo dinheiro que produzimos e ganhamos a um Portugal que nos desvaloriza e menospreza, fazendo o querem do Algarve, sem o consentimento e a permissão dos Algarvios.           

Manifesto ao Povo Algarvio.
Em defesa do Algarve e dos Algarvios.  

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A Vontade pela Superioridade.

A raça humana já há muito que vive numa ilusão. Não querer ver a realidade, o inevitável, isto acontece simplesmente por causa de um egoísmo individual. Existe um olhar no futuro mas ele não é afastado do presente, e os erros do passado dão a ideia de não terem deixado marca. Isto tudo porque quero deixar claro vários pontos de vista que, toda a gente tem em mente mas são poucos os que são capazes de assumir na verdade. As pessoas estão habituadas a olharem apenas para si próprias mesmo quando não têm nenhum espelho à sua frente, autocaracterizam-se dos pés à cabeça, em toda a sua personalidade mas quando mentem não admitem e quando fazem algo de errado têm dificuldade em assumir, culpando por vezes o outro, e até parece que tem surgido por parte dos educadores, uma educação para que as pessoas dêem valor apenas a elas próprias. O dar valor a si próprio desde que não seja em excesso é bom. Porque se pensarmos bem, em parte, a vida depende apenas de nós próprios, nós comemos apenas com a nossa boca, pensamos apenas com o nosso cérebro e andamos apenas com os nossos pés e pernas, e nisso, estamos sozinhos até ao fim das nossas vidas. Por outro lado dependemos dos outros, pelo lado social da vida, e isso faz com que estejamos em parte, sempre acompanhados. Mas a mentalidade de desprezo pelo mundo e glorificação do "eu", na minha opinião, tem influenciado o mundo pelo lado negativo, ou seja, o não valorizar o “outro” mas sim o “eu”. O lado egocêntrico, e narcisista esta em todos nós, claro que nuns mais, do que outros mas em todas as pessoas este lado procura o mundo perfeito individualmente. Esta procura no entanto, tem a ver com o mundo lá fora, tem a ver com o “outro” e ao mesmo tempo com o “eu”, do ponto de vista de que todos os dias as pessoas se penteiam, se lavam, e se arranjam, bonitas e bem vestidas para que os outros as aceitem, daí a conclusão de que o nosso “eu” só se sente bem com o “outro” se se sentir bem com o “eu”. Existem vários exemplos que podemos dar para mostrar a necessidade que o “eu” tem em ser aceite, no entanto isto hoje é meramente automático, ninguém pensa nisto, e também cada pessoa tem os seus interesses mas na verdade são meramente comuns, no que diga respeito em arranjar o trabalho de sonho, o construir uma família perfeita e por aí fora. O lado obscuro aqui é o lado que nos toca, o lado individual, o arranjar o trabalho de sonho e a família perfeita são coisas que toda a gente devia ter direito mas que na verdade não depende só de nós, daí a necessidade de valorizar o “outro” por vezes mais do que o “eu”, podendo essa valorização ser falsa quando o “eu” é um egocentrista por excelência. Este egocentrista por vezes não olha a meios para atingir fins, por vezes usa fato e gravata ou não, joga à bola ou não, é artista ou não mas tem uma grande vontade pela superioridade. Todo o homem na verdade tem a mania da superioridade perante o resto do mundo mas, uns mais, outros menos. Esta ideia da superioridade tem a ver com tudo na verdade, com questões culturais e políticas, sociais, e procura desde sempre uma posição acima de tudo e de todos, basta olhar para os ricos e os pobres, basta ver o homem na sua oposição para com os animais (por vezes enjaulados em zoos para que os seres humanos os possam ver mais de perto). A sociedade no geral esta mais fria do que há décadas atrás, talvez por não existir grandes guerras no nosso presente. A realidade é que individual e colectivamente ninguém dá valor a nada nem a ninguém, morrem milhares de pessoas por segundo em todo o mundo, ninguém quer saber, animais entram em vias de extinção e outros desaparecem, ninguém se preocupa, ninguém assume o mal e são poucos os que conseguem ver o perigo a bater à porta. A televisão portuguesa, por exemplo, esta mais preocupada em “animar” os telespectadores com programas que são uma autêntica palhaçada, apresentadores por vezes ridículos e tudo isto pela batalha das audiências. É normal ninguém assumir culpas nem ninguém se preocupar, pois é, por que individualmente as pessoas já fazem tanto mal a si mesmas e não têm verdadeira consciência disso, por exemplo um fumador sabe que é mortal fumar mas se tivesse realmente essa noção na sua cabeça não fumava; uma pessoa maltratada física ou psicologicamente por o seu companheiroª durante anos, só acaba com a relação quando tiver consciência disso, enquanto não meter isso na cabeça continuará a sofrer; a culpa na verdade é de nós mesmos, só quando passamos mesmo o limite daquilo que temos estado a fazer de mal é que queremos mudar, é assim, é estranho mas é a realidade. Chateia-me a ideia que muitas pessoas têm de que "não se arrependem de nada do que fizeram até hoje", pois, é uma forma de pensar bastante ingénua, imatura, bastante infantil até, dando a ideia de que a vida de uma pessoa que diz isso é triste, por não ter vivido nada de especial, nada que haja onde se possa arrepender. Por que as pessoas na verdade arrependem-se, imaginem o fumador que recebeu a notícia de que vai morrer por fumar; imaginem uma pessoa que ia a 200km/h, teve um acidente e ficou paralítica; imaginem um familiar que morre e ficamos de rastos por não ter passado o tempo suficiente com ele, e pensar que ficou muita coisa por dizer; pois claro que quando não é muito grave é uma má experiência, é um continuar a viver e aprender mas mesmo tendo sido mau não há margem para um pingo de arrependimento, foi uma experiência ponto. Experiência essa que não querem ver apagada das suas vidas, das suas mentes...o não arrependimento é uma porta mal fechada, podendo fazer com que consequentemente continuem a insistir naquilo que é errado. Uma mente pouco sã. Existe um gosto pela “superioridade", o gosto pelo “eu” em demasia, que não tem na verdade grande lógica, parece que tudo aquilo que é ou se acha superior é algo que sofre de pouca saúde mental. O verdadeiro superior para mim é aquele que trata os outros de igual forma, tal como o inteligente que trata os outros como inteligentes, ao contrário daquele que se autocaracteriza como inteligente e que trata os outros como burros.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ABUSO DE PODER!

Já à bastante tempo que vejo e penso sobre actos de abuso de poder, acontece em variadíssimas classes sociais, e este fenómeno é perante a humanidade um comportamento pouco adequado aquilo que caracterizamos ou que achamos que deve ser uma democracia. A liberdade de expressão ou seja lá que liberdade for, ao contrário daquilo que todos têm em mente sobre liberdade, como se ela fosse algo absoluto, algo sem limites, a verdade é que a liberdade não passa de uma fantasia, de alguma coisa que hipoteticamente meteram na cabeça do ser humano tal e qual como o senso comum.

O acto legítimo e de dever cívico em votar tal como acontece em democracia, sendo um direito dos cidadãos, é um acto em que à partida parece de muito bom agrado, tem ar de que quem manda é o povo e que todos vivem felizes por puder usufruir desse direito. No entanto eu considero um direito que pouca diferença faz, que na verdade o povo é um mero instrumento para o bem de alguns, é na realidade impotente, sem qualquer poder. O povo está simplesmente sujeito à liderança de alguns que não conhece para além da virtualidade nas televisões. Qualquer pessoa que queira interpretar uma personagem ao foco das câmaras é possível. Ninguém conhece estas personagens para além daquilo que elas fazem parecer, ninguém sabe como é que elas são em casa com a família, ninguém sabe o que na realidade lhes vai na cabeça ou seja, ninguém as conhece, no entanto votam nelas. Já mais do que uma pessoa me pergunta: como é que se decide alguma coisa sem votar? A pergunta na verdade é mais: como é que se vota em alguém que não se conhece para esse alguém decidir mil coisas que mexem com a vida de todos nós? Só pode ser de olhos fechados. Na verdade nós nunca conhecemos na totalidade ninguém, e mesmo quando conhecemos muito uma pessoa essa pessoa pode mudar a sua maneira de pensar em muito pouco tempo. Pois isto é tudo muito complicado. As ideologias de direita à esquerda mudam muito, no entanto todas têm o seu lado bom e mau, como toda a gente. Procurar um ser que é bom para o povo e que faz mil e uma maravilhas transformando um país no país das maravilhas, não é ser humano. Por que o ser humano é um ser egoísta por natureza e, todos nós sabemos disto por que falamos na primeira pessoa. Pensamos única e exclusivamente em nós próprios e, o que for para além de nós não nos interessa. Pois é isto, do meu ponto de vista o que se pretende, é alguém que assuma o poder de uma forma que não como ser humano, na sua essência. Que lute pelo bem-estar de tudo e de todos mesmo que tenha que abdicar de tudo o que tem. Pretende-se talvez um extraterrestre? Pois eu acredito que pretende-se alguém que se sinta terrestre ao contrário do ser humano que, apesar de respirar ar e beber água comporta-se como um verdadeiro extraterrestre perante os seres terrestre e todo o planeta terra. Votar num ser egoísta como nós mais vale não votar. Mesmo um voto, seja ele num “grande” partido ou noutro com “menos” importância é um voto em sem lógica. Ou seja, é como dizer que todos os portugueses gostam dos lusíadas mas nunca ninguém os leu (talvez uns 20% da população portuguesa leu mais do que um canto), é como dizer que se é católico mas nunca leu a bíblia. Nunca ninguém leu nenhum programa eleitoral ou outra coisa ligada aos partidos, e os partidos que têm algum poder manipulam a sociedade, virtualmente, através dos monitores televisivos de cada casa. Manipulam de várias maneiras e feitios, através da sua gravata e do seu bonito fato, da sua oratória muito pautada, da sua arrogância, das suas visitas às praças e feiras e as pessoas adoram. No entanto este lado tem algo por detrás, este ensaio tem em vista chegar ao poder de forma “honrosa” através do voto medíocre da sociedade para desempenhar funções políticas para o bem de alguns. A justiça, a saúde e a “educação” por exemplo, trata o povo (que votou no politico), de forma diferente do que trata o político e outros. Esta pirâmide ao longo do tempo torna-se fraca ao aguentar o peso do topo. Os políticos são consequentemente por sua influência as, sanguessugas nº1 do estado. Para além de terem salários chorudos têm grandes regalias e subsídios por eles legalizados, são o topo da pirâmide que vive à custa do povo. Claro que isto não é novo, toda a gente sabe que os ricos só são ricos por que se alimentam dos pobres. O problema é se se alimentarem de modo fechado, entre quatro paredes, e depois andarem a esfregar a riqueza na cara do povo. Há muita conspiração que por força do tempo vem um dia ao de cima no entanto, já estão canalizados, os meios para se puderem livra de forma “célebre”, ao contrário de um julgamento na praça pública. Os media para o bem ou para o mal procuram exercer um papel de detective, em que se julga com e sem parcialidade variadíssimos casos, habituando a sociedade impotente a suportar as desgraças do dia-a-dia.

Os polícias são as sanguessugas nº2 do estado. Sabemos que existiram bons polícias tal como políticos, que agem de boa fé para a protecção da população, mas existem em minoria. Apesar de os políticos mandarem nas polícias para a defesa de seus interesses governamentais e pessoais, os polícias não deixam de terem também uma atitude de abuso de poder numa maioria dos seus actos. Um bom exemplo é, no que diz respeito ao código da estrada toda a gente sabe que é proibido parar em rotundas, faz parte do artigo 49.o, mas toda a gente já viu os senhores policias a infringir a lei por vontade de fiscalizar as pessoazinhas. Existem bastantes exemplos de abuso de poder por parte das polícias que agem como se fossem um gang, sem sentimentos, tal como máquinas, procurando exercer um papel de superioridade perante todos, infractores ou não. Em vez de terem a consciência que muitas vezes também andam sem farda e que como pessoas pertencentes a uma nação, deveriam agir de forma a mostrar respeito pelo povo, que estão do lado dele por pertencerem a ele, e o salvaguardar.

Ciganos são as sanguessugas nº3 do estado. Tal como existem bons políticos e bons polícias, talvez exista algum bom cigano mas tenho as minhas dúvidas. Não quero aqui passar uma má impressão do meu texto muito menos da minha pessoa, por isso desde já clarifico que não sou racista nem xenófobo. Não tenho nada contra a cultura de cada sociedade, muito pelo contrário, aprecio e estudo cultura fazendo assim do meu mundo, um mundo multicultural. Agora o que eu não posso aceitar é que existam pessoas que vivem à custa do estado e não contribuem com nada para o ele a não ser com a destruição do mesmo, há maior abuso de poder?. O contribuinte paga os seus impostos para dar subsídios a um ser que muitas das vezes viola os direitos humanos, viola os direitos dos animais; existe maior abuso de poder?, e nada se faz, conseguindo viver à sombra da sociedade. Era extremamente necessário disciplinar os ciganos a viver em prol da humanidade para que deixasse de haver um abuso de poder deste tipo, em que aos olhos da sociedade existe simplesmente um sentimento de indiferença, desprezo e medo para com os ciganos.

Para mais dúvidas é necessário pensar e raciocinar em relação ao estado democrático que na verdade nunca existiu, por culpa de um certo estratagema que sempre fez com que as pessoas não passem muito tempo a pensar e mesmo que pensassem não chegassem a lado nenhum, por não conseguirem achar um método eficiente e não possuírem as armas certas para por ordem a quem acha que possui a superioridade e o poder.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

CiRCUS

Ora bem, o que eu quero aqui transmitir é simplesmente o meu estado de fingimento de tristeza para com o meu país e o mundo. Ao longo de já algum tempo que ouço pessoas, que vejo noticiários e que leio alguns jornais e considero que este nosso mundo de hoje é simplesmente um mundo de muitas misturas e de poucas, de muitos valores e de poucos e de muita cultura e de pouca. O que estou a tentar dizer é que existe vários tipos de pessoas, vários tipos de sociedades, de comunidades que se transformam dia após dia, que se misturam todos os dias e podemos lhe chamar de, mundo multicultural ou não. Mesmo existindo diferenças entre pessoas, elas continuam a ser iguais, mas com diferenças. É bom ter isso em conta. Não conseguimos mudar os erros que já foram cometidos e existem erros que se cometem e que não ensinam nas escolinhas a não cometer, ou então ensinam mas os alunos esquecem. Vivemos agora em momentos de depressão, por várias razões, por muita gente que tentou avisar e que ninguém lhes deu ouvidos e por outros que têm a culpa mas que nunca mais se ouviu falar deles ou então as pessoa já se esqueceram. O esquecimento é uma fuga saudável que existe no ser humano, se passarmos a vida toda a pensar em coisas que aconteceram, que nos fizeram mal era normal não vivermos muito tempo ou passarmos a vida a viver mal. Considero o momento, desde à décadas como uma enorme palhaçada, tal como toda a gente acha mas por motivos diferentes, ou não. Ora bem outra vez; o nosso país desde à muito que sempre viveu o circo, hoje vive-se pouco ou quase nada e acho que quem investe ainda hoje nos circos está fora do seu tempo. São raras as pessoas que vão aos circos nos dias de hoje (ainda existe as raras), as pessoas têm circos em todos os lados, e em principal na televisão, onde aparecem todos e os melhores espectáculos, os melhores shows de animais selvagens e amestrados, os melhores palhaços, os melhores riscos de morte mas na vida real é normal morrem sempre ao contrário do que acontece nos circos, ou vá, pelo menos em 5 morre 1. Tal como nos circos, em que se treina a melhor técnica, a melhor performance de ilusionismo, a “magia”, e shows, na política (naquela arena de animais selvagens e amestrados, que chamam de assembleia), acontece o mesmo mas muito mais real. Nos nossos serviços públicos conseguimos ver o melhor show de palhaços, nem que seja alguns cidadãos que lá passam por vezes, chamados de parvos (a sorte é que, tal como o nosso amigo Gil Vicente diz: o parvo vai pró céu). Ao contrário de isto tudo, nas nossas estradas existe uma via selvagem, um certo clima mega trópico, gelado por vezes que nunca é estável e que dá sempre a sensação de a qualquer momento seremos atacados ou judiados, por vezes sem motivo nenhum, como fazem os chimpanzés. Ora pois bem, as pessoas estam enjoadas dos circos e da vida selvagem por mais "urbana" que ela seja. Fala-se em agricultura e em pescas como se fossemos iniciar uma coisa nova, que nunca existiu, algo que nos vai safar de uma crise que de certa forma não existe. Só pensam em economias, finanças, dinheiro como se alguma dessas coisas desse para encher o estômago, pensa-se demais naquilo em que nenhum outro antes se preocupou (para mal de todos nós), a verdade é que se o mundo acaba-se hoje eu teria pena daquele que andou agora a estudar uma forma milagrosa para fugir a esta crise toda. Ah, é verdade, já me esquecia que o "milagre" desta "malta" é sempre o povo que por ordem deles, abre a carteira já muito velhinha.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Psicologia Feminina

Vejo beleza em tudo, e em todas as coisas. Mesmo quando vejo uma mulher feia, consigo ver nela algo de belo. Acho bastante interessante (como todos os homens acham), as mulheres, e principalmente aquelas que são inteligentes, sensuais, poderosas de si. Mas existe um facto real que considero extremamente interessante, por ser ele, num primeiro olhar, completamente contraditório com a realidade, falo aqui de uma relação amorosa entre uma mulher bonita e um homem feio. Quando uma mulher bonita namora com um homem feio, é caso para se dizer “ que mau gosto!” ou “ em que mundo vivo eu?”, mas na verdade é, sem qualquer duvida uma contradição saudável, ou seja, é a perfeição em fusão com a imperfeição, tirando dai apenas imperfeição, fazendo com que tudo isso seja real, pertencendo à realidade (perfeito+imperfeito = Real). Tudo isso mostra-nos como uma mulher bonita, sendo ela perfeita, vivendo ela num mundo à parte, onde tudo é belo e perfeito, consegue através de um outro ser entrar no nosso mundo imperfeito. O mesmo não acontecia se ela, como perfeita, namora-se com um homem belo e perfeito, onde nesse lugar apenas existiam eles dois, e que muito provavelmente essa relação iria acabar cedo, por motivos de perfeição (qual dos dois seria o mais belo?). A perfeição da mulher torna-se ainda mais evidente namorando ela com um imperfeito homem, e vemos isso através de uma avaliação de comparação, e que as diferenças deveram ser grandes, contudo poderíamos achar que ela merecia algo melhor do que o “pobre imperfeito”, mas é a única maneira que ela tem de pertencer a este mundo.

21,Fev.2008